Papos de anjo
Receita antiga, do tempo da vovó, o Papo-de-Anjo é um doce típico português. Descobri que Portugal era o principal produtor de ovos da Europa (possivelmente do mundo) nos séculos 18 e 19. Assim, fica mais fácil entender porque há tantas delícias portuguesas preparadas com ovos. Como a clara era usada como purificador na fabricação de vinho branco e, principalmente, para engomar os ternos dos chiques e elegantes do mundo ocidental, sobravam as gemas, então usadas na culinária.
Comecei pela calda. Em uma panela, juntei:
1 ½ litro de água,
1 kg de açúcar
1 colher (chá) de essência de baunilha
Mexi e tampei parcialmente. Deixei ferver até obter uma calda rala (uns 10 – 15 minutos) e desliguei. Então, acrescentei a baunilha. Reservei.
Para os papos de anjo, comecei separando 12 gemas das claras. Coloquei todas dentro de uma peneira e esperei que ficassem livres da pelinha que as cobre, mas sem mexer. Apenas furei cada uma das gemas e por gravidade elas foram se peneirando sozinhas. Desta forma não haverá cheiro de ovo em seu doce. Depois disso, bati na batedeira as gemas peneiradas por 5 minutos. Acrescentei 3 colheres (sopa) de amido de milho e 1 colher (chá) de fermento químico e bati mais um pouco, só até incorporar e não perder a fofura da massa, uns 3 minutinhos apenas.
Untei e polvilhei algumas forminhas para empadas. Acomodei a massa nas forminhas, sem encher totalmente. Levei ao forno, preaquecido a 200ºC, por 20 minutos.
Feito isso, retire os papos de anjo das forminhas e coloque-os dentro da calda e deixei ferver rapidamente por uns 5 minutinhos. Arrumei numa compoteira e servi após por 12 horas no mínimo.
Conservei na geladeira.
Doce finíssimo, hein?
(Receita baseada na da Palmirinha)
- 1 ½ litro de água
- 1 kg de açúcar
- 1 colher (chá) de essência de baunilha
- 12 gemas
- 3 colheres (sopa) de amido de milho
- 1 colher (chá) de fermento químico